Nova bandeira é ainda mais “grave” que a vermelha 2, e deve ser mantida até abril de 2022.
A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou um novo patamar de bandeira tarifária para as contas de luz de todo o país. A “Bandeira Tarifária Escassez Hídrica” entrou em vigor a partir de 1º de setembro de 2021. Esta bandeira adiciona R$ 14,20 às faturas para cada 100 kW/h consumidos.
De acordo com a divulgação da agência, a previsão é que esta nova bandeira permaneça em vigor até 30 de abril de 2022. Ela representará uma alta de 49,63% em relação à bandeira vermelha patamar 2, que era a mais alta do sistema e estava em vigor nos últimos meses.
O motivo é a piora da crise hídrica, que tem exigido medidas adicionais do setor elétrico para não faltar energia em outubro e novembro – os meses que serão os mais críticos do ano.
Ainda segundo o governo e a Aneel, a bandeira “escassez hídrica” provocará aumento de 6,78% na tarifa média da conta de luz dos consumidores regulados (atendidos pelas distribuidoras). Os cidadãos que aderem à tarifa social não serão afetados pela nova bandeira.
Segunda alta do ano e reservatórios escassos
Este é o segundo reajuste anunciado este ano. No fim de junho, a Aneel reajustou a bandeira tarifária vermelha patamar 2 de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos (alta de 52%).
O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. A previsão é de que os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste cheguem ao fim de setembro com 15,4% da capacidade, volume menor do que o registrado na crise de 2001, quando o Brasil passou por racionamento compulsório de energia.
A piora nas condições de chuva e a crise hídrica/energética, que se agravaram nas últimas semanas, ameaçam o controle técnico do sistema elétrico e expõem o país ao risco de falhas de geração e transmissão de energia.
A importância da participação do consumidor
Agora, mais o do que nunca, é de extrema importância que o consumidor economize energia. Para tanto, existem inúmeras dicas onde o consumidor pode se informar, inclusive aqui no site da CEMIRIM, na página Economia de Energia. Clique aqui para acessar.