O Brasil pode ter 93% da energia elétrica com origem em fontes renováveis, como eólica, biomassa e solar até 2050, sem deixar de ter crescimento no Produto Interno Bruto (PIB). A informação é de um relatório do Greenpeace, apresentado em novembro de 2010 na Conferência do Clima da ONU, em Cancún, a COP-16.
Chamado pela ONG de revolução energética, o aumento da energia limpa beneficiaria o meio ambiente com a redução do uso de combustíveis fósseis e, ao mesmo tempo, garantiria a geração de três milhões de empregos.
Para elaboração do documento foram consultados especialistas de instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e a União da Indústria da Cana-de-Açúcar.
Com a revolução energética, as hidrelétricas responderiam por 45,6% da matriz, as eólicas por 20,3%, a biomassa por 16,6% e a solar por 9,26%. Nesse contexto, o relatório afirma que não haveria necessidade de usar termelétricas a carvão, óleo diesel ou usinas nucleares. O gás natural, considerado uma fonte de transição, corresponderia a 7,3% da matriz. A energia oceânica corresponderia a 0,77%.
A previsão de uma matriz energética mais limpa, elaborada pelo Governo, é bem menos otimista e aponta que em 2050, a eólica seria 6% da matriz, a biomassa 8,85% e a solar, menos de 1%. A maioria da energia seria gerada por meio de usinas hidrelétricas, com 56,3% da matriz, gás natural seria 15,9%, o óleo combustível, 5,35% e as fontes nucleares, 5,31%.